sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Die Welle - 29 de Novembro

Poster do filme
Hoje, na aula de alemão, as professoras decidiram passar um filme alemão chamado "Die Welle" ou "A onda" em português. O filme foi produzido em 2008 e é baseado em um livro com o mesmo nome (se não me engano, na verdade este filme é um remake de um mais antigo).

Resumo: Nada melhor que um filme alemão para demonstrar como é fácil controlar uma nação e virar uma ditadura. É isso que um professor (Rainer Wenger) quer mostrar aos seus alunos, surpreendendo-os ao acabar controlando eles mesmos. E não que o professor tenha utilizado técnicas elaboradas, nada! Em verdade ele só sugeriu algumas posturas e atitudes e os alunos implementaram isso em suas vidas achando o máximo a sociedade que tinham formado.

O climax da história está no final e não irei contar.

só posso dizer que quando o filme terminou estava chorando (bem ,sou uma torneira aberta para filmes, não vale!) e estava muito abalada. Não que isso seja ruim, pois esta era a intenção do filme, de chocar os espectadores. Depois que o filme acaba, você fica pensando e divagando sobre ele ainda por um bom tempo.

O que posso dizer é, é um bom filme alemão. Vale a pena assistir.

Novembro


Cadê as folhas? (10 de Novembro)
Novembro, os dias esfriando gradualmente, árvores mudam de folhas verdes para amarelas/laranjas, marrons e do dia pra noite ficam carecas, os dias encurtam (17 horas é já está tudo escuro!)... e pó entra no quarto não sei como hehehe.

Até que uma noite.. neva! E no dia seguinte está tudo branco. Como começamos o dia? Com guerra de bolas de neve, óbvio! Desde então sinto uma vontade de tocar a neve o tempo todo, mesmo que seja só por alguns segundos antes da mão congelar. Daí coloco a luva de novo, a mão esquenta e paro e pego um pouco mais de neve de novo.

Estou adorando a neve e o tempo frio. Com a roupa apropriada, dá para passar bem o tempo lá fora. Esperamos acumular mais um pouco de neve para brincar de esquibunda a maneira estudantil, não com trenózinho, mas com sacolas do supermercado e o travesseiro dentro (modéstia a parte, era tão bom ou até melhor que os trenózínhos).
Mas nossa! Como brincar na neve cansa muito. No dia seguinte sempre acordo com o corpo dolorido!

Só espero que mesmo com os dias esfriando cada vez mais, minha alegria com a neve não mude tão rápido. Também vi o que acontece depois que muita gente pisoteia nela, fica escorregadio, alguns lugares parece até que você está andando na terra de tão marrom que a neve fica. Mas até o momento isso não me perturba, o que eu gosto é de ver os lugares onde a neve está intocada, branca e lizinha.

NEEEEVEEEE (25 de Novembro)

Zugspitze - 7 de Novembro

Carol (eu), Tadeu, Carol, Leon, Bia e o chinês empolgado

Bate e volta = 12 horas de trem

acordas as 6 horas da manhã
subir a montanha custou 35 euros!
alpes alemães = 5 horas de alegria

Ahh foi muuuito bom esse dia!!
Pena que ele passou tão rápido.

O dia começou cedo, nos lotamos de roupas para garantir o previsto frio que iríamos passar, partimos em direção a Garmisch-Partenkirchen, uma cidadezinha ao lado dos alpes alemães no sul da Alemanha. 
Fizemos um itinerário bem complicado (não dos melhores) e trocamos de trem umas 5 vezes ( e a emoção de estar no local certo na hora certa, se descuidar, embarca no trem errado!)
Chegamos e comemos no famoso Burger King (rápido e barato) e nos informamos de como subir até o Zugspitze, o ponto mais alto da alemanha. Esperávamos algum desconto para 6 estudantes animados, mas para nossa surpresa não tinha! Ficamos em dúvida em desembolsar 35 euros, mas já com ojá estávamos lá. Vamos! Ficamos nos lembrando desses 35 euros a viagem inteira, mas no final ficamos muito satisfeitos.
A paisagem era bonita, o bondinho que subia até o pico era uma loucura, era tão alto que não viamos mais a corda (nossa, deu um medo)

Finalmente chegamos lá e noooossaaa! muito bonito, é uma visão liiinda

 Pena que o dia passou tão rápido, pois gostamos muito de toda essa experiência.

Vale a última foto do povo feliz.

Uhu!! a cruz ao fundo marca o ponto mais alto da Alemanha

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Freiburg - 31 de Outubro

Não é Veneza, mas também tem canais!
O dia começou diferente. Acabou o horário de verão e no grupo tinha que ter alguém que esqueceu de mudar o horário no despertador. Metade do grupo estava esperando do lado do trem enquanto a outra se matava para chegar a tempo na estação.

Quando deu o horário, eu e o Tadeu fomos em duas portas do trem para abrí-las e forçar o trem a esperar. Porém... quando decidimos apertar o botãozinho de abrir... as luzes do botão se apagaram. Nós estranhamos e apertamos de novo quando o trem começou a se mover. 
Eu fiquei "Como assim? Eu estava aqui do lado o tempo todo e consegui perde o trem?!? hahahahah" Coincidência não é pouca, enquanto o trem ia embora, chega a outra metade do grupo toda esbaforida da correria.

Ainda bem que nos prevenimos e tentamos pegar a primeira opção, então ainda podiamos pegar outro trem daqui uma hora. Fomos sentar em algumas mesinhas da estação, comprar algo para comer e descansar da correria até o próximo trem.

Chegando em Freiburg nós vimos um mapa e decidimos por quais pontos passar. Já virando costume, pontos principais é ir para a prefeitura e catedral da cidade. E mesmo assim não nos deixam de surpreender como que o homem conseguia fazer construções tão altas com a tecnologia da época. Mas também é óbvio que construções tão antigas já passaram por algumas reformas. 

Depois, nosso principal destino era passear na Schwarzwald! A floresta negra que praticamente rodeia a cidade.

Imagina a nossa surpresa ao ver que a Floresta negra na verdade não era negra?
Mas nada a reclamar, ela estava linda de laranja e amarelo.
Como é outono, nada mais comum, essas cores no outono são realmente lindas.

Floresta Negra, Schwarzwald na verdade estava amrela!
Estudantes obstinados a não pagar 2,50 euros no bondinho, sobrou ter que subir a pé todo o morro. Subir até o topo (ou onde achavamos ser o topo) deu uma boa canseira, mas valeu a pena. Como não bastasse, subimos ainda uma torre de observação para ver toda a cidade lá de cima. E que emoção também, pois a torre balançava tanto!

Infelizmente deu o nosso horário e tínhamos que voltar para a estação. Na volta, todo mundo super cansado, mas é aquela canseira boa, pois o dia valeu muito a pena.

Véspera de Halloween - 30 de Outubro

Fotomanipulação de JoeMyDodd (DeviantArt)

Véspera de Halloween e algum 'ser' começou a tocar saxofone em algum lugar no meio da noite! Estava tudo escuro e o som ecoava de todos os lugares por toda a Moradia, não dava para ter idéia de onde a pessoa estava tocando.

Na minha opinião, saxofone é meio depressivo se tocado sozinho, e aquela música, no meio da noite, vindo de algum lugar misterioso, próximo do halloween! Nossa, foi uma combinação bombástica para adicionar ao clima.

Outro assunto, horário de verão acabou aqui e começou no Brasil, agora as 5 horas de diferença diminuíram para apenas 3 horas! Assim fica mais fácil falar com o povo do Brasil, sempre tenho um pouco de saudades.

Visita aos museus - 26 e 28 de Outubro

Staatsgalerie Stuttgart - Museu de arte, visão do hall de entrada (foto tirada do google)

Dia 26 de Outubro fui em uma pequena excursão de um dos seminários para conhecer a galeria de arte. A visita foi legal, tive que tentar me concentrar em entender o professor por 3 horas falando sobre cada obra que ele tinha planejado mostrar e até que consegui fazer várias anotações.

Sinceridade a parte, saí bem cansada, não só de tentar entender o professor, mas a iluminação do museu era bem fraca. Só conseguia enxergar bem os desenhos quando conseguia ficar perto deles. Sei que a iluminação é um tópico delicado em um museu cheio de obras e pinturas, mas ainda assim achei aquela iluminação baixa demais.

Mas uma coisa que eu reparei e que achei muito interessante era a quantidade de grupos visitando o museu. Sei que não deve ser todo dia assim, mas haviam uns 4 grupos lá. E um deles era um grupo de terceira idade visitando o museu com um guia. Eles escolhiam uma obra, abriam suas cadeiras portáteis e sentavam e o guia explicava sobre a obra, alguns deles faziam comentários ou perguntas e assim passaram o dia. Achei aquilo tão legal, essa possibilidade de atividades até para a as pessoas de mais idade.


Museu de história Natural em Stuttgart  (foto tirada do google)
Dia 28 de Outubro fomos visitar outro museu, agora para o projeto que estou fazendo este semestre (que justamente, é fazer um museu). Não lembro se já tinha ido alguma vez na minha vida em algum museu assim antes, mas eu gostei bastante de visitar este.

A visita foi rápida e o professor logo despediu-se da classe, eu e uma outra garota da Romênia decidimos dar uma outra volta no museu e ficávamos indagando quais dos  ossos eram falsos ou verdadeiros. E para falar a verdade eu não tinha muita certeza, não sou especialista nisso, mas acreditava que os passíveis de tocar eram falsos e os protegidos em caixas de vidro de crianças ou adultos curiosos eram verdadeiros.

E depois disso ficamos passeando no parque enorme ao lado. O dia estava tão bom, um clima tão agradável que a última coisa que você quer é voltar para casa e aproveitar enquanto o inverno não chega.

Enquanto os dias passam..

Ai que preguiça!
Sábado, 16 de outubro

Foi um dia de desventuras em série. 
1- Ao ver a rota do metrô pela internet, o site tinha entendido Möglingen e não Möhringen como destino.
2- Óbviamente fui para o lado oposto do meu destino e fiz o caminho mais longo possível para chegar na república e almoçar com um pessoal da minha sala de alemão.
3- O almoço foi bom, comi muito bem, agora é hora de voltar e ir para o supermercado fazer compras!
4- Mas embarquei no trem no sentido contrário...
5- Como era sábado, o próximo trem só seria daqui 30 min.
6- Então esperei, esperei e esperei no frio...
7- E assim o dia acabou, sorte que pelo menos no ônibus acertei os horários.

Domingo, 17 de outubro

Domingo é um dia de só 12 horas. 
De fazer uma única e grande refeição. 
De criar vergonha na cara e ir lavar a roupa.
De fazer nada e relaxar (ou viajar)
Um dia em que tem que planejar estoque de comida, pois não tem nada aberto.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O ataque das Scharf! - 15 de Outubro

Scharf! Ovelhas!!!
Não é todo dia que você acorda, abre a janela e ouve um bééé. Então você olha para o lado e vê o campo perto da moradia cheio de ovelhas!
Eu, uma pequena garota urbana, logo me emocionei e fui saltitando ver as ovelhas de perto.

Realmente, de onde elas vieram? Eu não sei, elas literalmente brotaram do chão na noite para o dia. Algum pastor invisível cuidava delas, pois alguém colocava a cerca e as mudava de um pasto para outro, mas nunca vimos tal ser. E depois de uma semana, essas máquinas de triturar grama novamente, da noite para o dia, entraram na terra e voltaram ao submundo depois de cumprirem sua missão de detonar com a grama, porque elas sumiram do mesmo jeito que apareceram, do nada!

Foi algo realmente.... inesperado...

Ps: as ovelhas alemãs possuem rabos compridos (essa informação irá mudar sua vida)

Klasse Abendessen 2 - 12 de Outubro

Metade da classe na foto, ao lado mesa já vazia e bagunçada depois de devorarmos tudo!
Sim! Fizemos a segunda parte da reunião com a nossa classe de alemão! Fizemos mais um jantar que desta vez foi dignamente internacional.
Decidimos ao invés de decidir um único prato para todos, que cada um trouxesse algo típico (e possível) de seu país. E a festa foi um sucesso! Teve comida  para todo mundo e tudo muito gostoso!

Para uma pequena lista:
Tofu com frango bem macio e apimentado - prato chinês
Crepes franceses
Uma carne com coalhada - prato turco
Gulash - prato húngaro
Uma bebida atômica feita pelos americanos
Massa/panqueca de milho - prato colombiano e venezuelano
Sangria - bebida espanhola
e óbvio
brigadeiro e salada tropical!

Isso foi ótimo para finalizar nossos estudos, pois no dia 14 de Outubro será nossa provona e último dia de aula. Não temos certeza se ficaremos juntos no curso extensivo, mas aproveitamos nosso tempo ao máximo!

Stadtmitte Campus - 11 de Outubro

Prédio da Arquitetura no centro da cidade
Hoje tinha alguns objetivos como: pegar o livro com as matérias do curso e achar alguma roupa legal. Não consegui fazer as duas, mas pelo menos aprendi o caminho até a faculdade no centro da cidade. A primeira vez fiz o caminho mais longo, fiquei com dúvida se havia mais de um prédio e fiquei zanzando por aí.

Mas depois descobri, esse é o prédio da arquitetura! 10-11 andares de puro estudo em arquitetura! Para alguém que nem prédio o curso tem e parasita o prédio de outros num "temporário permanente", um prédio próprio e alto assim é emocionante!
Depois da emoção, também começo a reparar em prós e contras. Este é realmente um prédio voltado para estudo, desconsiderando o hall de entrada, não há um local, um corredor que dê para juntar o pessoal e conversar sem estar do lado da sala de aula.
Porém, se for pensar na lógica alemã, não precisa disso. Esse povo é tão focado nos estudos que é difícil conseguir conversar com um deles neste ambiente.

Bem, no dia seguinte eu voltei e desta vez consegui pegar o livro! Fiquei uns 2 dias para finalmente conseguir entendê-lo e começou a dar muitas dúvidas, pois queria fazer um montão de matérias, mas muitas batem o horário. E fiquei por mais uma semana tentando decidir quais matérias fazer.

As duas primeiras semanas você pode ir em todas as matérias possíveis, para definir se aquilo é o que você realmente espera. Isso ajudou muito, pois muitas matérias são outra coisa do que se imaginava.

Agora é mais um choque cultural com este método de ensino tão diferente. Na minha opinião pessoal, prefiro ter os estudantes separados em anos com algumas matérias definidas, pois aí existe uma classe, gente com quem você irá conviver, irá trabalhar e conhecer com o tempo. E isso torna a união mais fácil. Pelo menos é garantido gente que você irá conhecer bem. Mas quando você escolhe aleatóriamente as matérias, dificilmente você encontrará alguém fazendo duas matérias iguais as suas. Sendo assim, cada aula são pessoas diferentes, a maioria, apenas focada em seus problemas e nada mais...

Bem, espero com o tempo conseguir fazer mais amiguinhos além dos estrangeiros (um sentimento mútuo de "estou sozinho" que nos atrai)


Agora vamos nos aventurar nessas novas experiências!

München - 9 de Outubro

Para variar, praça com fonte!  Mas agora em Munique
Esta foi a primeira vez que tentei organizar uma viagem por conta própria. Decidimos eu, o Murilo e o José de última hora aproveitar o schöne Wochenende (final de semana feliz - passagem de trem mais barato no final de semana) e ir para Munique!

O motivo principal era: Murilo tinha que ir para Munique de qualquer jeito para encontrar com seu pai, então convidou quem quisesse para ir junto e montar um grupo para baratear a viagem.

E eu e o José não tivemos dúvida, vamos! Mas como qualquer viagem de improviso, teve uma hora que ficamos perdidos pela cidade, passamos reto pela estação de trem que era nosso ponto de referência (a estação lembrava um shopping do lado de fora).

Mas mesmo com algumas desventuras até que conseguimos ver bastante coisa!
Quando chegamos, a primeira surpresa, estava ocorrendo uma maratona pela cidade, mais tarde descobrimos o ponto de chegada dela (no parque olímpico). Bem, não bastasse uma multidão de gente correndo, vimos algumas figuras no meio: como um pai correndo com o carrinho de bebê, um malabarista jogando três bolas no ar enquanto corria e um casal de cabelos brancos passando um monte de gente!
Também chegamos bem a tempo de ver o famoso Glockenspiel tocar às 11 horas e fazer sua apresentação. Mais uma vez, os antigos nos impressionam ao conseguir pensar em mecanismos como os bonecos que rodam passando milímetros um do outro no relógio e funcionando até hoje!

Bem, o Glockenspiel está na Rathaus (prefeitura) que visitamos a parte aberta ao público. Logo em seguida decidimos visitar a Igreja Frauenkirche (tradução semelhante a Igreja de Nossa Senhora). sua história diz que o arquiteto, para conseguir verba para construir sua igreja, fez um pacto com o diabo e ele teria que fazer uma igreja sem janelas. Mas ele o engana e projeta a igreja com janelas escondidas. Furioso, o diabo pisa com raiva no chão e deixa uma pegada na entrada da Igreja. Infelizmente, na segunda guerra a igreja foi demolida,  sim, ela foi restaurada e a tão famosa pegada foi reproduzida, mas para falar a verdade, achávamos que seria uma pegada enorme e animalesca! No entanto era como se fosse a pegada de um homem, apenas achamos estranho.

Depois disso, fomos dar uma volta e conhecer o Olympiaspark (parque olímpico). Era sábado, dia de sol e tempo bom, lá o movimento era grande. Imagine um Taquaral enorme, de grama cuidada, cortada e limpo (infelizmente, o Taquaral não preenche nenhum desses quesitos)

Descansamos um pouco e voltamos, o menino que foi encontrar com o pai se separou e eu e José ficamos andando perdidos pela cidade. Mas mesmo que não encontramos os museus que eu queria,ainda assim valeu a pena, pois ao andar numa rua de repente encontrei esta Igreja!

Interior da igrejinha
Ao andar perdidos pelas ruas, no meio dos prédios germinados (grudados), um deles se destacava, era diferente, era uma igreja! Uma pequena igreja do tamanho de um prédio estreito de 5 andares. E decidimos entrar por curiosidade.


WOW

No meio do nada! Uma igreja que eu acho ser barroca e cheeeia de detalhes! Linda!
Aquilo me pegou de surpresa. Pena que não tirei uma foto de fora.

Bem, após tudo isso, voltamos para casa com as mãos cheias de comidas típicas do Brasil, carne, leite condensado, farofa, limão. Ai como essas coisas simples fazem falta! E como qualquer viagem de bate-e-volta, voltamos exaustos e dormindo no trem.



sábado, 13 de novembro de 2010

Mercedes Benz Museum - 6 de Outubro

O museu da Mercedes Benz
Não precisa gostar de carros para passar 5 horas fácil nesse museu. Eu, que nem sei os nomes dos carros, adorei essa excursão que tivemos com nossa sala de alemão para o museu.
Na realidade queriamos ir para a fábrica de chocolate da Rittler-Sport, porém nosso pedido não foi aceito, pois sairia caro para o instituto, então fomos ao museu que é uma famosa atração da cidade.

Fomos de trem e a entrada para a sala foi de graça, pegamos umas máquinazinhas que seriam nosso 'guia' eletrônico e pegamos o elevador. Por fora o museu parece bem estranho, mas por dentro ele tem uma simples organização. Você começa vendo o museu de cima para baixo e ele tem um percurso espiralado, então não tem como errar.
Pois é, enquanto o Gabriel (um dos brasileiros, que também está na minha classe de alemão) reparava em como funcionava os motores, eu ficava notando as rampas, iluminação, organização do museu... Eita arquitetura que impregna na cabeça.

Bem, a classe não ficou muito unida depois, já que cada um tinha um passo mais rápido ou mais divagar, mais ou menos interesse, tinham até alguns que já haviam visitado o museu antes e outros que pretendem ve-lo outro dia.
No final ficou eu e o Gabriel barateando, vendo tudo, comentando e babando por alguns... alguns muitos carros. No final aproveitamos bastante o dia, ficamos das 9h da manhã até as 13h. Só apertamos o passo no final por causa da fome e porque acabaram as baterias dos nossos 'guias'.

Vale muito a pena ir para este museu, não precisa gostar de carro para entrar no clima e se interessar, pois o acervo do museu é extenso (fatos histórico, mecânica, muitos carros em exposição em ordem cronolôgica, curiosidades, biografias e até o contexto histórico em que se encontrava o mundo).
Mas também é interessante ter um engenheiro do lado para explicar alguns detalhes que meros mortais não reparam logo de primeira. Valeu pela ajuda Gabriel!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Food baby - 28 Setembro

Carols nem esperam a foto e já estão com o garfo na mão.
Uma noite decidimos fazer panqueca. A fome era tanta que achávamos que 2 panquecas para cada não seria suficiente.
Pequena ilusão, comemos tanto que ficamos com o famoso 'food baby', aquela sensação de preguiça, dificuldade de respirar, dificuldade de levantar da cadeira e lavar o prato.
Acontece que depois também tive dificuldade de dormir, porque essa panqueca pesada ficou no meu estômago por um bom tempo.
Mas isso quer dizer que ela foi ótima, por isso que comemos tanto.

Espero que em 1 ano a gente aprende a fazer a quantidade correta de comida, sempre exageramos (mas pelo menos sobra o que comer para o almoço do dia seguinte hehehehe)
Por isso que, se você sabe cozinhar, não passa fome nenhuma aqui na Alemanha.
(isso é algo que eu ainda estou aprendendo, ainda sou assistente de chef)

Também estou me divertindo com minhas novas e baratas canetinhas stabilo (essa caneta é muito cara no Brasil, pois é importada)
Fazia tanto tempo que não usava cores nos meus cadernos, que estou adorando ter agora 20 canetinhas.

Klasse Abendessen - 25 de Setembro

Um burrito para alegrar o dia

Juntamos todo mundo da minha sala de alemão e decidimos fazer um jantar para todos! A chef foi outra brasileira chamada Cassiana, seguida pelo venezuelano Omar para comandar um grupo de 7 meninas na linha de produção para fazer tudo o mais rápido possível.
E deu muito certo! O burrito foi um sucesso acompanhado de uma Tequila para entrar bem no clima. Comer os burritos também foi uma aventura, pois é bem difícil não sujar as mãos. Fiz tanta bagunça, meu burrito praticamente abriu todo que eu desisti e comi com garfo e faca mesmo
Nós conseguimos nos interagir bem, falamos uma mescla de alemão com inglês (conhecido como Deunglish), mas mesmo assim conseguimos nos entender.
A festa foi tão boa, deu tudo tão certo que já tinhamos certeza que fariamos pelo menos mais uma antes do curso intensivo terminar.

19, 21 de Setembro e um pequeno pulo no futuro


Folha com o contorno congelado depois de uma geada
 
19 de Setembro
Fomos aproveitar a tarde bonita e caminhar até o lago que tem perto e aproveitar o tempo enquanto podemos não fazer nada.
Decidimos pegar um atalho pela grama e descobrimos um pequeno inconveniente enquanto caminhavamos de chinelo pelo atalho: a grama morde!
Quê?
Está bem, ela não morde, mas tem espinhos! E caminhando na grama alta com espinhos E de chinelo foi um pouco difícil. Mas logo conseguimos chegar no caminho de pedra e fomos até o lago.
Lá estendemos um paninho no chão e sentamos, fazemos a tradicional e saudável fotossíntese, os meninos beberam uma cerveja enquanto ela não esquentava. Jogamos conversa fora.
Até que Papai Noel veio nos visitar.
Quê? 2
Tá, era um velinho passando e começou a falar com a gente, ele era gordinho, simpático e de barba branca. Só faltou a roupa vermelha.


21 de Setembro
Desde que vim para cá estou comendo um monte de coisas que não comia antes
(champion, espinafre, pimentão, cebolinha, abobrinha, berinjela, tomate, etc etc)
E hoje não foi excessão, tivemos um super strogonoff para 7 pessoas! Com arroz e creme de espinafre. E não sobrou nada! Perfeito.
Também decidimos o horário que vamos para Oktoberfest em München amanhã, uhu!


2 de Outubro
Uhu! München e Oktoberfest! Vamos bebemorar muito, vamos curtir!
Opa.
já são 6h da manhã
Despertador do celular novo não tocou.
Só vi o fim do trem indo embora da estação
Perdi o trem
.
.
.
Ah vou dormir
.
.
.
Pois é, perdi o trem, e pontualidade alemã é isso, se perder o horário, perdeu.
(não tentei ir depois pois não iria pagar um ticket sozinha até München, o esquema era ir em grupo)

domingo, 7 de novembro de 2010

Brasil vs Alemanha - 18 de Setembro

Turma animada para ver o Brasil detonar a Alemanha!
De ingressos comprados, roupa verde e amarela com uma bandeira na mão, o esperado dia do jogo finalmente chegou!

Torcemos, gritamos e fizemos barulho. Conseguiamos ver claramente quem era brasileiro no estádio, pois agiam igual comparado aos educados e controlados alemães.

Até conseguimos chamar atenção da repórter da tvSports e achamos que iríamos passar na tv, mas dias depois vi a reportagem e eles cortaram a parte que nos entrevistam.

Bem, era um amistoso que iria definir em qual chave os dois países iriam parar e um dos meninos disse que o time da alemanha era bem fraco. Então estávamos certos da vitória, foi então que o Brasil perdeu vergonhosamente.

Mesmo assim não perdemos o ânimo e tiramos essa foto muito legal acima!

Um bom tempo depois descobrimos que o Brasil perdeu por querer para pegar uma chave mais fácil e que ganhou o campeonato de vôlei! Só podia, tudo estratégia, tudo estratégia.

Tudo acabou em pizza - 17 de Setembro

Foto bonita do maior parque de Stuttgart
Ouvimos de um dos brasileiros que estão aqui em Stuttgart a mais tempo que havia um rodízio de pizza da Pizza Hut! A reação de todos foi "UAU! VAMOS NOS ENTUPIR DE PIZZA!"

Então combinamos um dia para todos comerem no rodízio. Até comemos pouco para realmente aproveitar a pizza a vontade por 6 euros!

No entando, a sorte não estava do nosso lado. O brasileiro nos levou para o local e chegamos numa loja em reforma. Estranhamos, procuramos e achamos uma seta falando que a pizza hut estava no subsolo. Blz! Descemos as escadas e encontramos uma passagem secreta e obscura que dava para a pizzaria. A moça que nos atendeu deve ter levado um susto ao ver 10 pessoas entrando de uma vez no pequeno local e nos deu a triste informação. O rodízio era realmente a loja em reforma e que agora não podiam servir o rodízio.

 Tristes e derrotados, fomos afogar as mágoas com hamburguezinhos do MacDonalds... sobs.

O jantar não deu certo, mas amanhã estão todos animados para ver o jogo de vôlei Brasil x Alemanha!

Strassburg - 13 de setembro

Eu disse que tem muito brasileiro até na Estugarda! Dá até para fazer um bom grupo de viagem.
Acorda cedo, vê os horários dos trens, baldiação, cruzar a fronteira e chegamos em Strassburg, França!
Com grupo multiplo de 5, as viagens saem mais baratas, nesse caso estavamos em 14 e foi apenas 6 euros por pessoa para o dia inteiro (bate e volta).

Nessas viagens, apesar de saber que podemos confiar nos horários e plataformas alemães, sempre passamos a pequena emoção de achar que entramos no trem errado. Mas deu tudo certo e lá chegamos!
A estação era do lado da fronteira e cruzamos a pé o rio Reno que saparava Alemanha e França.

A cidade é bonita, mas mesmo assim ficamos surpresos que foi só atravessar  o rio que a língua mudou, os prédios mudaram, o sistema de bondes mudou, muita coisa mudou  em um espaço tão pequeno.

Visitamos a catedral gótica e subimos até o topo da torre (o que é um belo exercício). Mas lá de cima se tem uma ótima visão da cidade. Também visitamos um palácio conhecido como palácio de Rohan.

Acabamos parando para tomar sorvete, que foi uma delícia, até os meninos desistiram da cerveja para tomar mais sorvete.

Na volta, como é de se imaginar, estava todo mundo cansado e dormindo no trem.

8 a 12 de Setembro

Montagem fail, mas a árvore é enormemente linda
Muitas coisas nestes poucos dias.

Dia 8:
Foi um momento emo (triste) pois perdi minha carteira e fiquei muito brava (apesar de não demonstrar, o que surpreendeu um dos meninos que estava comigo quando percebi que minha carteira não estava mais no meu bolso). Ela deve ter caído no ponto de ônibus quando eu sente e só percebi quando cheguei no supermercado.
Perguntei para os motoristas caso a carteira não tivesse caído no ônibus, perguntei para um posto de polícia e ele falou "Vão perceber que é uma carteira de estudante, apenas espere que em dois dias ela volta"

Eu: ........ What?

Dia 9:
E não é que a carteira voltou intácta? Com todo o dinheiro, cartão, documentos! A maior perda foi que meu pai bloqueou o cartão por precaução, mas a sorte foi que um dia antes de perder a carteira eu tinha sacado um bom dinheiro.
O cartão de crédito é poquíssimo usado aqui no sul da Alemanha, quase nenhum lugar aceita pagamento com ele.
Bem, depois dessa experiência, preciso comprar uma bolsa urgente.

Dia 10:
Conheci o famoso Flohmarkt! É uma feira de venda de coisas usadas. É bem barato e comprei aí uma bolsa temporária (para não perder minha carteira de novo) e um cinto. Tudo isso por 2,5 euros hehehhehe.
Tem de tudo lá, acessórios, peças, roupas, bolsas, equipamentos, quadros, tralhas, discos de vinil, cds, etc etc. Praticamente é um monte de tralha que a família quer se livrar para esvaziar a casa ou o conhecido venda de garagem mas com um monte de gente vendendo ao mesmo tempo.

Dia 11:
Festa!!!
Mas festa alemão é +ou- , ficamos uma hora e meia lá e depois voltamos para nosso prédio e fizemos uma festa na cozinha. Sinceridade a parte, nossa festinha estava bem melhor

Dia 12:
Fui visitar uma família conhecida de meus pais. O casal foi muito gentil e logo que perceberam que eu conseguia falar alemão razoável, não me deixaram mais falar inglês. Mas fiquei contente pois consegui conversar bem com eles.
Eles me levaram para um restaurante (emoção! Primeira vez que piso em um restaurante de verdade aqui!) e comi um prato típico Swabish (da região) que foi Spätzler, salada, carne de boi (bezerro eu acho..), batata e uma massa e/ou folheado (Mauler eu acho), óbviamente não consegui comer tudo, o prato era enorme!
E depois de volta para a casa tinha uma sobremesa M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A.
Foi um dia muito bom

Primeiro dia de aula - 6 de setembro


Klasse 18

E começa o intensivão de alemão! Caí na classe B1 (alemão intermediário) o que eu acho que me veio bem a calhar, pois tinha esquecido muita coisa de vocabulário e gramática e nessas aulas revisamos muito do que eu tinha esquecido.

É estranho pois temos 2 professoras ao invés de uma só, talves fazem isso para aumentar a variedade e enriquecer as aulas (na foto a professora é a de azul, e sabe como ela se chama? Dóris! Como pessoa ela é bem legal E a outra professora me lembrava muito uma das professoras de alemão que tive no colégio e que gostava muito)

Pegamos uma classe bem animada e unida, em pouco tempo até organizamos festas juntos! Muito legal ter aula com gente de tantos países, no entanto está uma bagunça que língua estou falando! São muitas línguas ao mesmo tempo e até acabamos começando uma frase em inglês e terminando em alemão sem querer. É português, é espanhol, é inglês, é alemão, é francês, é chinês, aí meu cérebro!

As aulas são de manhã e estou bem relutante em dormir cedo (mal acostumada com as aulas noturnas e tb porque gosto de dormir tarde), mas admito que é bom ter a tarde livre.

Final de semana 4-5 Setembro


Alemão aproveita bem o final de semana, principalmente se for um dia de sol
Schlossplatz no sábado

Bem, final de semana serve para algumas coisas: arrumar o quarto, limpar roupa suja, comprar comida, arrumar as contas e documentos, pesquisar possíveis viagens e viajar, passear no parque ou fazer nada mesmo heheheh

Estamos nos acostumando a rotina de ir ao supermercado no sábado, pois no domingo não abre nada! Tem que se preparar para o dia mais morto da semana, o domingo.

Também descobri, Tadeu cozinha bem pra caramba, comemos Spätzler (tipo um macarrão) e hambúrguer. Tenho que aproveitar enquanto assistente do chef e aprender a cozinhar algumas coisas, pois não será sempre que terei essa mamata de comer bem e apenas ter q lavar prato hehehehhe.
Mas foi muito bom voltar a comer comida de verdade depois de tantos dias de fast-food! Cozinhando para várias pessoas sai bem mais em conta que ir no bandejão daqui (conhecido como Mensa) ou no fast-food.

Curiosidade: A carne de vaca aqui da Alemanha por algum motivo não é tão boa quanto a brasileira. Em compensação, o leite é tão bom que o melhor é toma-lo puro

Assunto extra:, Brasileiro é praga em qualquer lugar, mal chegamos na moradia e já encontramos mais 5 outros brasileiros (um deles disse que há pelo menos mais uns 20 espalhados por aí!). Como se não bastasse isso, tive a super coincidência de encontrar outra Carolina que também faz arquitetura e estudou no mesmo colégio que eu.
Nem na Alemanha consigo fugir do nome comum!

sábado, 6 de novembro de 2010

Moradia


Allmandring I

Quatro estudantes fecham as malas novamente e partem em busca da Universidade. Muitas malas e mochilas, grandes, cheias e pesadas. Decidimos fazer um caminho alternativo, mas descobrimos que fizemos o caminho mais longo. O dia estava ameno, mas o esforço de levar essas malas de lá para cá fazia a gente suar!

Finalmente, depois de muito esforço e um mini-tour dos perdidos na Universidade, encontramos a moradia! Ela não parece muito bonita, mas tem uma ordem engraçada de zig-zag, segue a topografia e tem alturas diferentes, talves para não ficar monótono.

Logo encontramos nosso prédio e entendemos a divisão por andar. Achei meu quarto e meu andar e logo tive minhas primeiras impressões: quarto ok, visão muito bonita do bosque pela janela, banheiros... razoáveis, chuveiros... +ou-  e a temível cozinha!

A cozinha deu trabalho, ela é algo que depende muito dos moradores anteriores e dos que te acompanham agora, mas meu, nossa cozinha era nojenta. Uma semana depois mobilizamos uma limpeza geral com todo mundo junto. (detalhe: somos em 4 brasileiros só em um prédio e andar, tem mais um indiano, um chileno e um peruano) Limpamos tudo! chão, gavetas, o que tinha nas gavetas, panelas, talheres, pratos e copos que todos podem usar quando precisar, limpamos o fogão, o forno e as geladeiras.... Elas foram o que tomou mais tempo. Tinha coisa estragada de 3 anos atrás lá dentro!!! Quer dizer que por pelo menos três anos ninguém tocou naquela coisa!! UUUGHHH! Tava muito nojento.

Mas modéstia a parte, depois de 5-6 sacolonas de lixo, muito trabalho e ataques de nojo, as geladeiras e a cozinha melhoraram muito! De repente as duas geladeiras lotadas nós tinhamos espaço de sobra heheheh.

Agora é se acostumar com a nova rotina que está por vir.
Mas olha, depois de tanta correria, anda pra lá e pra cá, acha lugar, consegue documento (ou não), tenta de novo, bate a cara, vai no dia seguinte, anda anda anda. Ufa, 7 dias sem dó, as perninhas estão literalmente kaputt (quebradas)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Primeiros dias em Stuttgart


Nós em Estugarda!

Aproveitamos os primeiros dias para conhecer a cidade, conseguiamos ir para vários lugares apenas de metrô (mas levamos alguns dias para perceber que podiamos pagar menos pelos tickets).
O metrô daqui deixa São Paulo humilhada, não só por ser muito mais ampla, com mais linhas, mas pela organização e funcionamento. Em dois dias aprendemos o básico de como andar e se virar pela cidade. A estação também possúi um pé direito triplo? quádruplo? Mais? Não sei, só sei que é enorme! Ela não é das construções mais bonitas, mantêm a aparência antiga ppor fora, totalmente reformada por dentro, mas pelo menos não se tem dúvida que lá é a estação (um ótimo ponto de referência).
A cidade também deixa Campinas no chão em relação à vegetação (Campinas é falada por alguns por ter muito verde). A cidade é bonita, com variadas árvores, parques grandes e o maior zôológico da europa.
Em qualquer lago sempre há patos, muito patos, são tão bonitinhos. Já sei que quando o inverno chegar e eles forem embora, vou sentir falta dos patinhos na lagoa 22

O centro da cidade é o local mais agitado, a concentração do comércio, o calçadão, teatros, cinemas, museus, a Universidade. Mas uma coisa não se deve esquecer! 20 horas o comércio fecha e ponto! Ainda não descobrimos onde os jovens ou o resto da população vai, onde estão os barsinhos, baladinhas, vida noturna. Mas temos certeza que eles existem, pois vemos muitos cartazes de shows, eventos, festas por todos os lugares.

Logo nos primeiros dias vimos uma limosine e um porche rosa! Não é todo dia, mas logo reparamos que carrões dá para ver quase todo dia por aí. E tem o oposto, o conhecido Smart! Tem um montão deles!! Eles são engraçados, pequenos, de várias cores e pode estacionar em dois sentidos enquanto os carros normais só podem em um (o comprimento de um Smart = largura de um carro convencional) e baratos comparado com o Brasil (óbvio, afinal, é importado no Brasil), um Smart sai por 17.000,00 euros (sim, nós queriamos ver quanto custava um)

Sobre comida, o perigo de engordar, chocolate!!! Muitos chocolates! muahahahha dá até para ficar com overdose de açúcar (que não faz bem a saúde). Também descobri que os iogurtes daqui são muito bons e de vários sabores. "As cervejas daqui são muito mais fortes comparada com as do Brasil" disse Gabriel, um maior apreciador de cerveja do que eu. Não curto cerveja por ela ser amarga, então isso não mudou muita coisa para mim heheheh. Outra coisa são os chás, não tenho o hábito, mas sei que vou criar rapidinho por causa do frio. Outra curiosidade é que a água mais comum e barata é a com gás (Kohlensäure) do que a sem.

Sinceridade, não foi fácil me virar nos primeiros dias apenas com 3 agasalhos. "Mas por que não levou mais?" Porque eu só levei os meus 'melhores', o que são fracos para cá.
Pra variar, mudança de local/país, mudança de temperatura, ambiente, novos vírus = gripe logo no primeiro dia. Foi chatinho, o remédio é caro, mas ajudou a dar energia para o dia.

Por último, só avisando que não é um conto de fadas. Também tivemos nossas dificuldades e correrias, muitas correrias. Pagar contas, conseguir visto, 2 dias para visto, 2 dias para banco, seguro saúde, pega isso, leva aquilo, carrega 20 folhas. Tirar novas fotos de passaporte, pois a que levamos do Brasil não vale. Por que? Porque a foto de passaporte alemão é de dimensões diferentes...
A burocracia na Alemanha é bem chata + os horários restritos de funcionamento + se acostumar com o pensamento óbvio, lógico e restrito de um funcionário alemão = estresse.

Uma frase muito boa do Tadeu, que já teve um ano de experiência da vida alemã (e nosso guia de sobrevivência) disse: "Alemão tem que cozinhar em fogo brando, exigir, exigir, exigir -mas sem ser mau educado, chato- até conseguir que ele faça o que você pede"

Mas no final conseguimos tudo e mudamos para a moradia!

Nota: Neste post foi resumido do dia 28 de Agosto até dia 1 de Setembro

Zürichv - 27 de Agosto



Olha a cor desse rio!
 
Tive algumas desventuras antes de embarcar. Como minha mala estava pesada, tive que tirar alguma coisa dela e carregar na mochila. Não tive dúvida de tirar o fichário e colocá-lo na minha já lotada mochila. No entanto, só lembrei de um detalhezinho quando passei pela polícia, um detalhe pequeno, nada demais. Eu apenas esqueci que dentro do fichário estavam minha tesoura e estilete! Bem, tive que dizer adeus para os dois também, pois ambos ficaram no Brasil.

Outro fato inusitado foi quando estavamos no saguão de espera no aeroporto, anunciaram que precisavam de 5 voluntários para doarem suas poltronas no nosso vôo. Os voluntários ganhariam meros 600,00 EUR e uma noite num hotel em SP para esperar o vôo no dia seguinte. Não tivemos dúvidas: nos voluntariamos e já avisamos nossos pais.No entanto a Swiss Air não precisava mais das nossas vagas e não ganhamos os 600 euros. Ah, como os meninos ficaram choramingando por esses 600 euros por quase uma semana!

Horas depois~
Primeiro dia de alegria! fora do avião e com 6 horas de espera para chegar ao destino final. Demos uma volta no pequeno e simplório aeroporto de Zurich e decidimos que seria melhor dar um pulo na cidade.

O que foi uma ótima idéia, o dia estava ensolarado, quente e bonito. Tinhamos quatro horas e andamos todas essas quatro horas. Visitamos uma igreja que estava em reforma e toda branca. "Parece um bolo de casamento" disse uma amiga minha após ver a foto, e parrece mesmo.
Caminhamos por um parque com gente estirada no chão, lagartixando na grama. Daqui alguns meses vamos entender essa hábito europeu de procurar um cantinho com sol desesperadamente.
 Foi muito boa aquela caminhada, nos sentiamos revigorados e era só mais algumas horas de avião para chegar ao nosso destino. Imaginavamos que iria demorar, mas foi bem rápido. Não que a viagem foi curta, mas porque nós três (eu, Tadeu e o Gabriel) capotamos nas poltronas e tivemos 7 sonhos.