Eu, Tadeu e Isabela na frente do Colisseu |
Lá em Novembro, eu, Tadeu e Isabela corremos atrás de algum lugar para passar o ano. Começamos vendo pelos lugares que nos interessavamos, viamos o transporte e hotel e desistimos. Então mudamos de tática e procuramos primeiro pelo transporte mais barato e depois via se o hotel era viável. Tadeu encontrou uma passagem de trem noturno de Munique a Roma por um preço muito barato, vimos os hotéis e achamos um bom e foi assim que decidimos ir para Roma!
Em resumo, dia 29 fomos de Stuttgart a Munique e de Munique a Roma. Chegamos em Roma no dia 30 e ficamos até dia 1 de Janeiro. A noite no dia 1, voltamos de Roma a Munique e no dia 2 chegamos finalmente a Stuttgart.
Agora com detalhes!
dia 29 de Dezembro:
Malas preparadas, quarto arrumado, lanchinhos prontos. Estavamos muito agitados para que a viagem começasse logo, mas a jornada só iria começar a tarde.
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No trem |
Pegamos o trem de Stuttgart às 16h e chegamos em Munique às 19h30
Chegamos com antecedência para que desse tempo de comprar algo para comer e embarcar no trem das 21h sem problemas.
E assim foram longar 12 horas de trem! Eu imaginava que seria algo um pouco mais confortável, mas ledo engano. Pelo menos dava para cochilar de hora em hora.
Dia 30 de Dezembro:
Chegamos em Roma! Nada mais de neve, dia com sol, ver folhas nas árvores e grama verde. Nossa, não imaginava que iria sentir falta de ver verde.
Talvez nos acostumamos um pouco mal com a perfeição em tudo da Alemanha, que quando chegamos em Roma, estranhamos o metrô ainda por fazer, a estação labirinto e onde achar informação. Mas depois que compramos tickets de transporte público para três dias, logo nos viramos e descobrimos como chegar no nosso hotel.
E como é bom ficar em um hotel e não em um hostel! Ele era imenso e não tivemos dúvidas de nos esbanjar em todos os cafés-da-manhã e ainda pegar algumas bolachas e iogurtes para agüentar os passeios.
Deixamos nossas malas no hotel e partimos para o Vaticano! Mal saímos da estação e já fomos interceptados por vendedores de turismo com guias. Não achamos má idéia para o primeiro dia pagar um guia e aceitamos (também tinha um pequeno desconto para estudante), pulamos a fila da compra do ingresso e fomos direto para a vários lugares.
Fomos para a Praça de S.Pedro, para o Museu do Vaticano, o sepulcro dos papas, para a capela Sistina e terminou na basílica de S.Pedro.
Tudo era tão grande, com tantas salas e corredores, que realmente não sabíamos se iriamos conseguir ver tudo sozinhos, iriamos nos perder, isso sim.
Ficamos maravilhados com tudo! Com a escala da praça, da basílica e do museu, era tudo enorme e altamente detalhado.
Ver a capela Sistina ao vivo é muito melhor do que em fotos, você sente como se as figuras fossem cair do teto. (teto e o juízo final são de Michelângelo, as paredes são de seu mestre e dá para ver o contraste entre a pintura renascentista do mestre, com a liberdade e movimento de Michelângelo)
E a basílica, era tão grande que conseguimos perder o guia de vista. Mas também não nos preocupamos tanto, pois a excursão acabava lá e nos deixavam livres para ficar divagando sobre as enormes paredes e olhando para cima no teto sem fim. Lá encontramos a Pietá, famosa escultura de Michelângelo e acabamos vendo uma missa! Acabamos entrando na fila da missa sem querer e aproveitamos! Foram 45 minutos de missa com um bispo americano e com um coral cantando, os pêlos do braço arrepiavam o tempo todo.
Basílica de S.Pedro |
E assim o dia acabou rápido, estava frio e escuro quando saímos da basílica, relutamos em sair da praça, mas tinhamos que procurar algum lugar para jantar. Andamos bastante, vimos o rio Tibre e achamos um lugar para comer fora do Vaticano (os restaurantes fecham cedo lá, as 19h e já estava tudo fechado).
Voltamos para o hotel, decidimos o que iríamos fazer no dia seguinte e dormimos.
dia 31 de Dezembro:
Como planejado, partimos para a cidade antiga, visitar a velha Roma. Mais uma vez, mal saímos do metrô e veio uma pessoa vendendo visita com guia, pular fila, etc.
Olhamos para a fila, conversamos sobre o preço e o passeio e novamente concordamos em entrar em um grupo.
Já estávamos do lado do Coliseu e foi onde começamos. O guia falou de muitas curiosidades que eu não sabia sobre o coliseu. De como sua organização, entrada e corredores são sistemas usados nos estádios até hoje (história semelhante também ocorre com as primeiras igrejas católicas em roma e as atuais). Entre outras curiosidades também. Eu não conhecia o coliseu muito bem por dentro e gostei da visita. Do lado de fora acabei fotografando muito o contraste entre partes restauradas e as não-restauradas, o que está em tijolo ou na pedra original.
Perfil em Roma. Pegou a piada? |
Depois passamos pelo arco de Constantino e fomos para o norte do Fórum romano, onde está o gigantesco palácio imperial. Não sei se o guia exagerou um pouco, mas de acordo com o que ele disse, havia uma cidade de servos trabalhando apenas nos subsolos do palácio. Suas paredes era grossas e, do que restou, provavelmente altas. O palácio era um outro mundo, isolado da agitada e condensada Roma, primeira super cidade a alcançar 1 milhão de habitantes na antiguidade.
Andamos por uma parte do Fórum e o passeio terminou, liberando-nos para visitar as outras partes a vontade. Andamos tudo até que Isabela nos deixou curiosos sobre duas esculturas de anjos e cavalos que víamos sobre os prédios, não muito longe dali.
Seguimos as estátuas até chegar em algo que não esperávamos. Um monumento renascentista de mármore branco para Vittorio Emanuele II (primeiro rei da Itália unificada). Ficamos indagados com o tamanho de tal monumento, dava vontade de subir as escadas, mas a entrada estava bloqueada. Era tão branco que levava um tempo para a vista se acostumar e conseguir ver os detalhes (de certa forma, foi sorte estar nublado, pois o sol batendo nesse monumento deve realmente ofuscar).
Foi então que notamos que já eram 17h e ainda não comemos nada! Demos uma olhada nos restaurantes e decidimos comer em um com vista para aquele monumento. Comemos o que? Macarrão! lógico!
Depois voltamos para o hotel, nos arrumamos e descansamos antes de seguirmos para a virada do ano.
Virada do ano:
Isabela tinha contato com outra garota que conhecemos, Vivian, e ela veio passear em Roma com outros amigos dela também. Decidimos nos encontrar e passar o Reveillon juntos.
As duas últimas horas do ano passaram depressa. Fomos para um dos locais indicados onde haveria show e música, mas música foi a última coisa que ouvimos. O local já estava tão cheio que ficamos mais próximos do coliseu do que do palco que estava do outro lado da via. Mas não foi problema, pois ficamos conversando e conhecemos os amigos da Vivian, Roberta e Vitor. Também lutávamos por nosso espaço, nosso pequeno círculo não podia quebrar (ou fenol, brincadeira dos meninos que lembravam disso das aulas de química).
Mesmo assim tivemos momentos engraçados ao tentar lembrar de músicas, outros fugindo do círculo que abria perto de nós, uma área para a 'tradição romana' de jogar as garrafas de champanhe vazias. Não queríamos ser alvos de garrafas voadoras errantes.
Quando faltava alguns minutos, preparamos as garrafas para serem abertas, foi aí que nos veio em mente: Estamos no meio de uma multidão, com pouca possibilidade de se locomover, TODOS com garrafas de champanhe na mão.... hm.. alguém trouxe um guarda-chuva?
Pois é, choveu champanhe! Ficamos encharcados, mesmo assim gritamos Feliz Ano Novo! Buon Ano! Fröhes neues Jahr! e assim vai, cantando a unica música que sabíamos que era "Adeus ano velho, feliz ano novo" e bebemos as garrafas que compramos por 5 euros.
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Feliz ano novo! |
Até que conseguimos ficar acordados por bastante tempo depois de dois dias correndo pela cidade. Mas quando deu 1h30 da manhã, decidimos voltar para casa e aproveitar enquanto o metrô funcionava.
Quando chegamos na estação mais próxima, ela estava bloqueada. Decidimos então ir para a outra estação mais próximo, guiados pelo estudante de medicina, Vitor. Óbviamente nos perdemos, hehehe.
Andamos por um bom tempo em ruas que estavam bem agitadas para a madrugada do primeiro dia do ano, eram bonitas também. Finalmente achamos uma estação, que era de outra linha, sorte que era a nossa linha e sorte dupla pois pegamos o último trem. A sorte tripla foi achar um táxi logo que saímos da estação e fomos rapidinho para o hotel, tomar banho e dormir.
Dia 1 de Janeiro:
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Piazza del Popolo é simetria |
Ufa, último dia. Para falar a verdade, estávamos bem cansados. Passeamos a pé e por conta própria em mais alguns pontos turísticos como a Fontana de Trevi (sabia que ela era grande, mas não que era tão grande assim!) , o Pantheon (que infelizmente estava fechado), na praça navona onde estava ocorrendo uma feira e terminamos tomando nosso último sorvete italiano na praça del Popolo.
Depois de comer em um restaurante muito bom, voltamos para o hotel pegar nossas malas e seguimos para mais um chá de cadeira na volta.
Provavelmente por estar cansada, acho que consegui dormir mais no trem. Na verdade, todos capotaram nas 15 horas de viagem na volta até Stuttgart.
O cansaço físico foi muito, mas valeu muito a pena. Roma é realmente muito bonita e foi uma experiência maravilhosa.
Já escrevi demais em um único post, mas tinha muita coisa que comentar mesmo. Um Feliz Ano novo para todos! Com muita saúde, paz e alegria!
Peraí!!! O post falava que iria até o dia 02/01!!! Como foi seu niver??? ^^ Feliz Ano Novo, Carol, e Feliz Aniversário!!! ^^
ResponderExcluirRoma deve ser MUITO bonita! vi as fotos do coliseu no teu deviantart, e logo pensei em dar uma olhada no blog pra ver se tinha algo.
ResponderExcluirDefinitivamente quero ir pra lá! E espero em breve ter dinheiro e parceria pra essa viagem o/
Fantástico!
ResponderExcluirOh a Capela Sistina...Meus Deus, deve ter sido incrível!